Jean-Antoine Houdon (1741-1828)
Paris, 1780
Mármore
A. 210 x L. 98 x Prof. 115 cm
Obra-prima da escultura francesa do século XVIII,
Houdon conferiu a esta deusa um tratamento original, apresentando-a nua e em movimento de corrida,
em contraste com a Diana estática e idealizada dos seus antecessores, vestida de túnica como símbolo de virgindade.
Para além dos atributos habituais da deusa Diana
– o arco, as flechas e a lua em fase de quarto minguante na cabeça – nesta versão em mármore, por exigência técnica, devido ao peso excessivo do material, Houdon foi obrigado a criar pontos de apoio: um tufo de plantas aquáticas na base e uma aljava para consolidar o braço esquerdo.
Exemplar único em mármore, pertenceu a Catarina II da Rússia, tendo estado exposto no Museu do Ermitage.
A sua popularidade advém-lhe de um conjunto de fatores, incluindo o do escândalo causado na época pela sua nudez integral, considerada excessiva e inconveniente.
Foto da Mansão de Calouste Gulbenkian em Paris,
onde se encontrava a Diana de Houdon