ficar indiferente.
Existe algo de perturbador nas imagens,nas poses, na iluminação, no mistério e na ocultação
que lembra vagamente as pinturas surrealistas,
algo que nos coloca no papel forçado e incômodo de voyeur.
Mas aqui não se trata de pinturas e sim de fotografias
de coisas e pessoas bem reais.
Este realismo torna-as ainda mais insólitas.
A artista explica que explora temas relacionados
com a alienação na cultura ocidental
manifesta em distúrbios psicológicos como a depressão
ansiedade e mesmo em situações traumáticas.
Procura expressar tudo isto em composições exageradas e grotescas
onde se misturam o horror, o erotismo, a beleza e o humor.
Por vezes surgem contrastes interessantes e evocações simbólicas
inusitadas que convocam inadvertidamente imagens
do nosso subconsciente.
Não obstante, as fotografias de Brady revelam uma enorme imaginação,
criatividade e sentido dramático,
conseguindo com parcos meios muito bem geridos
criar atmosferas profundamente poéticas e sugestivas.
Se Freud fosse vivo certamente veria nestas fotografias
excelente material de trabalho...
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