segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pavilhão Krajcberg vai para o Parque do Carmo





Pavilhão Krajcberg vai para o Parque do Carmo

Parte do trabalho do artista plástico Frans Krajcberg poderá ser vista, dentro de alguns anos, no parque do Carmo, na zona leste de São Paulo.

É lá que a prefeitura planeja construir o pavilhão para abrigar as

40 esculturas que, em 2005, o artista doou à cidade, deixando ao poder público a tarefa de encontrar um espaço adequado para elas.

A definição do local, sugerido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, consolidou-se em meados do ano passado.

Inicialmente, cogitou-se implantar o pavilhão nas instalações de uma antiga serraria no parque Ibirapuera, zona sul da capital, mas a oposição do conselho gestor do parque acabou prevalecendo e a idéia foi abandonada quando já se havia até desenvolvido parte do projeto executivo.

Os arquitetos José Rollemberg e Lara Melo Souza, do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), da Secretaria Municipal da Cultura, haviam desenhado o projeto para o Ibirapuera.

Desenvolveram então, com a colaboração de Leon Yajima, outra edificação, adequada ao novo local: um terreno em aclive às margens de um lago, que proporciona ótimas vistas do entorno.

Desde o início, a intenção dos autores era que a edificação fosse suficientemente permeável para permitir que, do interior, o público pudesse enxergar a paisagem externa.

No Parque do Carmo, estabelece-se, assim, um contraponto entre a temática recorrente na obra do artista

- um manifesto contra as agressões do homem à natureza,

sobretudo com as queimadas -

e o local onde o pavilhão será erguido,

já que perto dali existe uma área de proteção ambiental.


Apenas uma persiana de madeira, para filtrar a luz solar, protegerá o volume retangular de estrutura metálica, com dois pavimentos

(no inferior haverá uma área de sensibilização, para a imersão sensorial nos trabalhos de Krajcberg).

Também faz parte do conjunto um bloco circular, igualmente em dois pavimentos, que terá biblioteca,

áreas de apoio e um mirante na cobertura.

Praticamente todo fechado, ele contrastará com a leveza e a fluidez do pavilhão.





Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 353 Julho de 2009

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