segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caixa suspensa cria marco cromático em meio a transparências



A rica volumetria da fachada combina caixas de vidro e de alvenaria.

A marquise recebeu acabamento em pranchas de peroba de demolição.



Arquitetos do estúdio italiano Decoma Design, desenvolveram a construção contemporânea e elegante que abriga o showroom Cinex Rimadesio
em São Paulo.
Na fachada, o volume maior tira partido da leveza e da transparência do vidro para revelar os interiores.
Uma caixa vermelha suspensa marca o ponto de acesso e registra a presença da grife numa via famosa por reunir lojas de decoração.

A composição estruturada em aço, com fechamentos de vidro e alvenaria, foi especialmente desenhada para receber o showroom que apresenta portas, divisórias e itens de mobiliário da empresa gaúcha Cinex e

da grife italiana Rimadesio.

O objetivo do cliente era dispor de amplo e valorizado espaço expositivo na alameda Gabriel Monteiro da Silva, endereço que concentra algumas das principais lojas de decoração, na zona oeste de São Paulo.

A escolha do escritório Decoma Design para elaborar o projeto é conseqüência da parceria iniciada em 2004 entre a Cinex e o estúdio italiano, que assina alguns dos produtos que se encontram

em exibição no showroom.

Com 11 x 40 metros e incrustado no meio de outras construções,

o terreno tinha um pequeno conjunto de árvores em seu pátio posterior.

Ele foi preservado e se tornou o ponto de partida do novo projeto, organizado ao seu redor.


A vitrine se projeta além do pano de vidro superior


Vista da lateral para o interior da loja.

A porta de acesso localiza-se à direita


Madeira de demolição reveste áreas internas e repete a linguagem linear adotada na fachada.


Espaço expositivo no piso térreo Detalhe do jardim interno


Daí decorreu a opção de estabelecer o piso térreo em nível ligeiramente elevado em relação à rua e ao jardim interno, como se o showroom ocupasse um deque em torno de palmeiras e de um espelho d’água.

Grandes portas e panos de vidro integram os espaços de exposição dos dois pavimentos a esse pátio, que faz uma citação tropical e procura oferecer a sensação de tranqüilidade, apesar da localização em pleno centro urbano, em região de intenso movimento.

Para a fachada, foram concebidas as duas caixas que se caracterizam pelo grande rigor geométrico e sintetizam os objetivos do cliente e o conceito da proposta.

Uma delas, transparente, funciona como vitrine dos produtos ao mesmo tempo em que expõe o pé-direito duplo da entrada e os espaços internos do showroom, valorizando-os.

A outra é vermelha e, suspensa sobre o acesso, cria um referencial cromático que destaca a presença da grife na alameda.

Esse volume, marcado por um recorte horizontal numa das laterais, abriga setores administrativos e áreas de uso restrito aos funcionários.


A caixa da grande vitrine está recuada em relação à cobertura,

de modo a formar-se uma marquise,

que recebeu acabamento com pranchas de peroba de demolição,

outra referência tropical explicitada no projeto.


Esse mesmo material foi aplicado nos revestimentos de paredes e forros, contrastando com o piso de cimento queimado que predomina em grandes superfícies homogêneas, sem dilatação.

Aliados aos expositores de cor cinza, esses elementos criam um cenário neutro, cuja função é dar destaque aos itens expostos.


O projeto de iluminação sinaliza os percursos e realça a elegante volumetria do conjunto.


O pequeno pátio integra visualmente os espaços internos e pode ser acessado por meio das grandes portas pivotantes

Com 510 metros quadrados distribuídos em dois pavimentos, o showroom atende com certa folga às necessidades de espaços para exposição.
Isso permitiu que parte do andar superior funcione também como um pequeno auditório, para a realização de cursos e palestras.

Área expositiva do pavimento superior, voltada para a fachada frontal


Jardim interno visto a partir do espaço de exposição também usado como pequeno auditório





Texto resumido a partir de reportagem
de
Nanci Corbioli
Publicada originalmente em
PROJETODESIGN
Edição 331 Setembro de 2007

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