segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Jardim Zen



Sem vegetação, o Jardim Zen
foi inspirado na cultura japonesa


Jardim Zen por Jardins e Afins Arquitetura Paisagística


A arquitetura japonesa contemporânea inspirou o projeto, que foi implantado na garagem de um hotel


Projeto inspirado na linguagem minimalistica da cultura japonesa, criou na capital catarinense, um jardim zen, premiado na categoria projetos especiais.

Com esse trabalho, a arquiteta demonstra a possibilidade de desenvolver uma proposta de paisagismo até mesmo em situações nas quais não se pode recorrer à vegetação.

A garagem de um hotel em Florianópolis, espaço sem a presença de luz natural e desprovido de ventilação.



A luz, proveniente de leds, é um recurso de composição do ambiente.
O piso recebeu pedrisco branco


Esse foi o local destinado à implantação de um projeto na mostra
Casa Nova 2008, realizada naquela cidade.
Uma situação complexa, tendo em vista que a empresa atua justamente no segmento de arquitetura paisagística.
A limitação serviu, porém, para mostrar que paisagismo também pode, eventualmente, ser praticado sem o uso de plantas.

Para a área de 200 metros quadrados, a arquiteta criou um desenho inspirado na cultura japonesa.
“Decidimos centrar a proposta na sutileza e na tranqüilidade de um jardim zen.
Fizemos uma leitura ocidental do tema e demos forma a uma praça provida de água, pedrisco, madeira e luz”, ela conta.

O propósito era aproveitar a linguagem minimalista que caracteriza a arquitetura atual daquele país, com traço retilíneo,
desenho limpo e poucos elementos.

O varal de papéis é um elemento de bons presságios,
sorte “duplicada” pelo reflexo no espelho d’água


Por causa da ausência de luz solar, a autora empregou a iluminação artificial para configurar a ambientação pretendida.
“Tiramos partido da luz para valorizar as propriedades dos materiais, e cada elemento foi iluminado de forma particular com o objetivo de criar efeito marcante”, acrescenta.
O jardim zen é feito com granilha fina e sua iluminação vem de spots embutidos nos rodapés dos deques de madeira,
equipados com leds de cor âmbar.

Tem presença destacada no jardim um painel de papéis amarrados.
“São os varais da sorte, com desejos e bons presságios,
freqüentes nas cidades japonesas”.
Leds azuis com facho concentrado iluminam esses varais,
cujas imagens refletem-se num espelho d’água.

O mesmo tipo de luz - porém na tonalidade âmbar e com facho linear -
foi utilizado para evidenciar a textura da madeira clara e indicar o percurso do visitante.
“Essa cor trouxe aconchego para o espaço, que poderia ser frio devido aos poucos elementos que o compõem”, observa a autora.


Os elementos essenciais do jardim, trabalhados pela autora,

foram espelho d’água, pedrisco, madeira e luz

A luz valoriza as propriedades de cada material.

Leds azuis de facho concentrado iluminam

o varal de papéis

Croqui



Texto resumido a partir de reportagem

Publicada originalmente em PROJETODESIGN

Edição 346 Dezembro de 2008

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